Com foco no equilíbrio fiscal e fortalecimento social, medidas alinham despesas e receitas, ampliam justiça tributária e promovem transparência nos programas públicos para economizar R$ 70 bilhões em dois anos
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Calote cai para 8,4%
Apesar da melhora na situação, todos os indicadores estão piores que os resultados do mesmo período em 2010.
A inadimplência deu um pequeno alívio em junho. É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O número de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas recuou de 8,6% em maio para 8,4% em junho. Já a quantidade de pessoas com dívidas ou contas em atraso caiu para 23,3%, ante 24,4% registrados no mês anterior. Apesar da melhora na situação, todos os indicadores estão piores que os resultados do mesmo período em 2010.
A CNC acredita que a trégua é temporária. "Percebemos que as famílias vão ficar mais complicadas este ano por causa do aumento do custo do crédito e dos indicadores de renda, que estão menores", disse a economista da CNC Marianne Hanson. No total, 64,1% dos lares declararam ter alguma dívida, e 12,9% se definiram como "muito endividados".
Na divisão por tipo de dívidas, o cartão de crédito é o campeão disparado, responsável por 73,8% das contas a vencer. "A facilidade de uso e o crescimento desse meio de pagamento no varejo justificam o percentual tão elevado. Muitas pessoas financiam esse tipo de débito, realizando pagamentos de fatura parcelados. Tudo isso interfere diretamente no indicador", analisou Marianne.
Após cinco quedas seguidas, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou avanço de 0,7% em junho. Apenas o volume de compras a prazo apresentou retração. Para a CNC, o desempenho do mercado de trabalho ainda dá força para que as famílias gastem de forma expressiva, especialmente em bens duráveis. "Os índices de satisfação com o atual emprego e de perspectiva profissional estão em alta e dão mais confiança para que os consumidores realizem compras, apesar das medidas de contenção ao crédito", avaliou o economista Bruno Fernandes, da CNC.
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